Os parentes dos tripulantes do submarino ARA San Juan, sem contato desde o dia 15, que se deslocaram à base naval de Mar del Plata esperam por um milagre, uma vez que a reserva de oxigênio está no final e existe suposição de explosão a bordo.
Um operativo de busca nacional e internacional, que inclui mais de 15 navios, 10 aviões e diversas equipes com tecnologia de ponta, foi implantado com a finalidade de encontrar o submarino da Marinha argentina ARA San Juan, na zona do Golfo San Jorge, em águas do Atlântico sul, onde está perdido há oito dias, enquanto aumenta o desespero por encontrá-lo antes de que acabe a reserva de oxigênio.
Em um novo comunicado de imprensa, a Armada informou que ainda não há rastros do submarino, e o capitão Enrique Balbi explicou que uma balsa que foi avistada e dois foguetes sinalizadores brancos não são do ARA San Juan, mas assegurou que perseguem o rastro de uma possível segunda balsa, desde onde poderiam ter sido ativadas luzes de emergência.
Balbi informou que há cinco navios rastreando uma área de 20 quilômetros quadrados, e que se somaram três destróieres com som ativo e passivo que se movimentam pela rota encetada pelo submarino. Também entrou em ação a corveta Espora, com o apoio de fotografias de satélite fornecidas pela Comissão Nacional de Atividades Espaciais.
Balbi sustentou que não perde a esperança, porém lembrou que estamos no sexto dia de oxigênio (terça-feira).
O ARA San Juan, com 44 marinheiros, pertence ao Comando da força de submarinos da Armada argentina, e sua última posição conhecida é na zona do Golfo San Jorge, mais de 400 quilômetros ao sul da península de Valdés. Alemanha, Colômbia Peru e Uruguai se somaram à busca, enquanto o Estado Maior conjunto das Forças Armadas argentinas, comandado pelo tenente-general Bari del Valle Sosa, colabora com a Marinha e o Ministério de Defesa.
Ao esforço, integrou-se um grupo interdisciplinar para apoiar os familiares, cujo desespero aumenta na medida em que passam as horas.
O esquadrão de resgate de submarinos da Marinhados Estados Unidos, que chegou há dias a Comodoro Rivadavia, na província de Chubut, porá em ação um mini -submarino, um acampamento de resgate e um submersível remoto para inspeção ocular. Sob controle estadunidense, o barco norueguês Skandi Patagônia, que zarpou esta terça-feira, leva quatro robôs submersíveis e uma cápsula de resgate. A nave esteve na terça-feira na zona de busca, quando as condições meteorológicas permitiram as tarefas de rastreio.
Não há antecedentes de um operativo como este, embora a Marinha dos Estados Unidos costuma fazer simulações. Há pouco mais de um mês se realizou um exercício de resgate de submarinos reunindo Chile e Estados Unidos. E nesta data estavam programadas as manobras militares Cormorán nessa zona do Atlântico sul entre Estados Unidos e a Marinha da Argentina.
O preocupante é que há informações contraditórias e de que esta situação trágica pôs em evidência a presença não informada ao país de tropas e cientistas norte-americanos, como os que estão na Terra do Fogo. Da mesma maneira há preocupação pela chegada de dois aviões Galaxy que usados para transportar grandes equipamentos.
O presidente Macri visitou na terça-feira a sede da Marinha para informar-se sobre a situação do submarino. O mandatário esteve no final de semana em Mar del Plata e visitou a base à que deveria ter chegado o submarino, saudou familiares dos marinheiros e depois foi ao hospital do local para fazer uma consulta sobre uma lesão no tornozelo provoccada quando jogava tênis.
Enquanto isso acontece no sul, na capital e no interior do país se preparam marchas contra as reformas trabalhista, da previdência e tributária, que unidas aos ‘tarifaços’ dos serviços públicos são rechaçadas por 80% da população, de acordo com pesquisas.
STELLA CALLONI* , 22 de novembro de 2017
*Correspondente argentina do jornal La Jornada do México
Dá nisto, se navegar num submarino, sem condição alguma de estar no mar. Com “manutenção” na base da gambiarra e da mentira.
Como você sabe disso, leitor? Só porque são argentinos? Ou somente os países imperialistas têm direito a ter submarinos?
Os sites argentinos que destacam a total decrepitude de todo o material bélico daquele país são inúmeros. Para ficar só nos jornais mais famosos de lá, apenas hoje, eu peço que veja estes links: http://www.lanacion.com.ar/2085283-submarino-ara-san-juan-una-desgracia-inesperada , https://www.clarin.com/opinion/ara-san-juan-reflexiones-necesarias_0_HkJwg0Elz.html e https://www.clarin.com/opinion/tragedia-maritima-gordo-maniata-inversion_0_ByscHA4lG.html . Sites do Brasil falam na mesma linha: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/submarino-argentino-desaparecido-destaca-anos-de-recursos-reduzidos-para-forcas-armadas-do-pais,d0e7f1beb600885136862c64323dbe96cuj8i2rp.html , https://www.swissinfo.ch/por/submarino-argentino-desaparecido-destaca-anos-de-recursos-reduzidos-para-for%C3%A7as-armadas-do-pa%C3%ADs/43698164 e https://oglobo.globo.com/mundo/pai-de-tripulante-do-submarino-argentino-estao-todos-mortos-22105705 são exemplos disto.
Ninguém respeita um país por pena, demagogia ou palavras de ordem. Vide Venezuela, por exemplo. Se és mesmo contra o tal do imperialismo, a tal Ford Foundation ou Fundação Ford, que no Regime Militar sustentava um certo FHCannabis, tem este comentário: “Continuo detestando a racialização do Brasil, uma criação – eu vi – do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Nossa maior conquista – o conceito de povo brasileiro – desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso.” E concluiu: “Quero que as raças se fodam.” > https://istoe.com.br/racializacao-e-uma-histeria-que-tem-que-parar-diz-secretario-do-rio/
Sim, leitor. Mas isso não prova que o submarino argentino desapareceu devido à falta de manutenção. Essa é a nossa desgraça: somos um jornal, temos que trabalhar com fatos.