O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) – entidade que reúne federações da Fiscalização Federal do Trabalho, Gestão Pública, Comércio Exterior, Segurança Pública, Diplomacia, Advocacia Pública, Defensoria Pública, Magistratura, o Ministério Público, dentre outras – se reuniu nesta terça-feira, 21, e aprovou uma forte campanha contra a ofensiva do governo para realizar o maior roubo à aposentadoria já visto no país com a chamada “reforma” da Previdência.
A mobilização vem em resposta à campanha milionária que o governo federal começou a divulgar na última semana de que a reforma da Previdência é para “acabar com privilégios”.
“Privilégio é ter foro privilegiado”, rebateu o presidente da Anafe (Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais), Marcelino Rodrigues. “Privilégio é presidir um país sem ter sido legitimamente eleito”, enfatizou o presidente do Fonacate, Rudinei Marques. “Privilégio é se aposentar aos 55 anos e ganhar mais de R$ 50 mil”, afirmou o diretor do Sindifisco, Cláudio Bomtempo.
Assim como a Confederação Nacional dos Aposentados, a Cobap (ver matéria nesta página), o Fórum também abriu guerra contra a “reforma” da Previdência e organizará diversas ações contra o projeto. Nos últimos dias, o governo intensificou a compra de votos, com a liberação de milhões em emendas parlamentares e reuniões às escuras com deputados, para tentar aprovar a qualquer custo a reforma na primeira semana de dezembro.
Em resposta, os servidores estão convocando uma manifestação em Brasília no próximo dia 28 e também mobilização no dia 6 de dezembro. “Não podemos permitir mais uma retirada de direitos dos cidadãos brasileiros. O governo marcou para o dia 6 de dezembro a votação da reforma da Previdência. Vamos investir em mensagens para alertar aos parlamentares que se votarem na reforma, não voltarão ao Congresso. O ano eleitoral está logo ali e o eleitor não tem memória curta como eles pensam”, enfatizou o presidente Rudinei. “É hora de mostrar unidade e força ou esse governo acabará com o serviço público de qualidade desse país”, concluiu o dirigente.