“Jair Bolsonaro, presidente da República, assistiu ao crime que se cometeu contra as crianças brasileiras de braços cruzados”, afirmou
O deputado federal Bacelar (Pode/BA) afirmou que o principal responsável pela crise instalada no Ministério da Educação é o atual chefe do executivo.
O parlamentar denunciou que as trocas constantes em cargos, disputas, brigas internas, os anúncios de medidas polêmicas e pouco efetivas deixaram de lado os reais problemas da educação.
O deputado lamentou também que, após o caos instalado no ministério, o novo titular da pasta, Abraham Weintraub, tenha nomeado o delegado da Polícia Federal Elmer Coelho Vicenzi para a presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a autarquia do MEC que é responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Depois de toda essa crise, Bolsonaro demite Ricardo Vélez para colocar outro em seu lugar – este outro, quiçá, seja um nome pior ainda do que o do Vélez, e já mostra que é –, e nomeou agora para presidente do Inep um delegado da Polícia Federal”, frisou.
O parlamentar enfatizou que a responsabilidade do caos no MEC é de Bolsonaro nesses 100 dias. Para Bacelar, Bolsonaro é o “responsável pelos desmandos no MEC”. “Um delegado de polícia para presidir o INEP! Porque a educação, na sua administração, senhor presidente, é realmente um caso de polícia!”.
“Em um país que não consegue educar as suas crianças e os seus jovens, assistimos a 100 dias de paralisação no Ministério da Educação. E o grande responsável por isso, Jair Bolsonaro, presidente da República, assistiu ao crime que se cometeu contra as crianças brasileiras de braços cruzados”, afirmou.
Bacelar destacou que o MEC ficou à deriva durante todo esse período, provocando prejuízos para o ensino público. “Quem paga a conta é o filho do trabalhador”, disse.
Em discurso no plenário, na segunda-feira (15), ele pediu ao Congresso Nacional providências para fazer valer a Constituição, “pois é crime de responsabilidade do presidente da República impedir a efetivação de políticas na área social”.
“Se a educação que estivesse em crise fosse a da classe média, haveria uma revolta neste plenário. Mas como é a educação do filho do trabalhador, ninguém do PSL, ninguém dos partidos que dão sustentação ao presidente levantou a voz para questionar o descaso com a educação brasileira”, assinalou.
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