O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (22) o boletim “Focus”, com uma estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,71% este ano. É a oitava semana consecutiva de redução na previsão de crescimento da economia feita por mais de 100 analistas do sistema financeiro.
Na semana passada, a previsão era de alta da economia de 1,95%.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Um crescimento medíocre do PIB significa que todos os setores da atividade econômica estão paralisados, incapazes de fazer frente às necessidades do país, de retomada do crescimento.
E o pior é que não há luz no fim do túnel, uma vez que Bolsonaro manteve a política econômica que levou o país ao fundo do poço.
Como gerar empregos para 27 milhões de pessoas com juros reais no espaço, que travam os investimentos?
Como o setor privado vai investir se os investimentos públicos estão sendo reduzidos?
Na semana passada, o BC divulgou seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do PIB, registrando queda 0,73% em fevereiro em relação a janeiro, mês em que foi constatado um recuo de 0,31%.
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), “depois das dificuldades do fim do ano passado, o início de 2019 também tem sido desanimador. Sinal disso é que o nível de atividade em fevereiro frente a dezembro, segundo o IBC-Br, registra declínio de 1%”.
Em fevereiro, o setor de serviços repetiu janeiro e registrou queda de -0,4% em relação ao mês anterior.
O comércio varejista ficou estagnado (0,0%) em fevereiro em seu conceito restrito. Porém, ao serem consideradas as vendas de automóveis, autopeças e material de construção, o setor registrou queda de 0,8% ante janeiro.
A indústria cresceu 0,7%, anulando a queda de 0,7% de janeiro.
Para o instituto, “a economia está flertando com a recessão”.
“Embora estejamos somente no início do ano, esta perda de ímpeto já foi o suficiente para sucessivos cortes nas projeções do PIB de 2019. Corremos o risco de ter mais um ano de crescimento medíocre”, afirmou o IEDI.