O laudo de necropsia do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, constatou que ele morreu após ser atingido por nove tiros de fuzil disparado por militares do Exército em Guadalupe, Rio de Janeiro, no dia 7 de abril.
O laudo faz parte do Inquérito Policial Militar conduzido pelo Exército que investiga o episódio do último dia 7 de abril, quando o carro em que Evaldo estava com a família foi atingido por 83 tiros. Ainda segundo o laudo, todos os disparos que atingiram o músico entraram pelas suas costas. Sete atingiram a região do peito. Outros dois em sua cabeça. Evaldo morreu na hora.
O documento foi divulgado um dia depois que o Ministério Público Militar solicitar a soltura dos envolvidos no crime. A família do músico contesta: “Eles mataram um chefe de família, uma pessoa de bem. Eles tem que pagar”, contou Jane Maria Rosa, irmã de Evaldo que disse não ter sido procurada pela Força Armada. “O Exército não nos procurou. Não procurou a família para nada”, conta.
A outra vítima, Luciano Macedo, um catador de recicláveis, que tentou ajudar as vítimas, morreu dias depois no hospital. Ele foi atingido por três tiros.
O carro de Evaldo seguia para um chá de bebê com mais quatro pessoas, entre elas uma criança de sete anos. Nove militares, sendo um tenente, um sargento e sete soldados foram apontados como responsáveis pelo assassinato.
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