A arrecadação de impostos do governo federal em outubro foi de R$ 121,14 bilhões, o que representou uma queda real de 20,73% em relação ao mês de outubro do ano passado, segundo dados da Receita Federal, divulgados na sexta-feira (24). No acumulado do ano, o recuo é de 0,76%.
Entre janeiro e outubro, a arrecadação federal somou R$ 1,089 trilhão, o pior desempenho para o período desde 2010.
Considerando apenas as receitas administradas pela Receita Federal, num total de 114,910 bilhões, o que significa a maior parte das receitas arrecadadas, o tombo foi de 23,56% e, no ano, de menos 1,87%.
Em dez meses, com exceção de agosto e setembro, que registraram variação positiva fruto do aumento dos combustíveis (PIS/Cofins) e do Refis (dívidas renegociadas com a União), todos os outros meses do ano, registraram queda na comparação anual.
Empenhado no marketing enganoso de que eventuais soluços no fundo do poço representam uma “recuperação” da economia, o governo diz que não houve queda na arrecadação em outubro e sim avanço, já que a base de comparação com outubro do ano passado foi muito alta, porque incluiu os R$ 45 bilhões que foram arrecadados com a repatriação. A mesma base que fez Temer vibrar com o “aumento” da arrecadação no ano passado.
Excluindo a repatriação, os “efeitos não recorrentes”, assim como o Refis e a elevação da PIS/Cofins sobre combustíveis, a alta seria de 4,2%, diz a Receita.