A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou um estudo baseado nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta uma queda de -14,7% na produção física industrial do setor elétrico e eletrônico em março, comparado com o mesmo mês do ano passado. A entidade destaca o declínio da área eletrônica (-23,8%) e elétrica (-4,6%).
Com exceção dos eletrodomésticos, com crescimento na produção de +2,7%, todos os segmentos da indústria eletroeletrônica recuaram, em especial no segmento de aparelhos de áudio e vídeo, cuja produção caiu -29,2%. A Abinee pondera que no mesmo período do ano passado o setor estava mais aquecido devido à proximidade da Copa do Mundo.
Contudo, foram observadas retrações substanciais nos setores de equipamentos de informática (-22,4%), instrumentos de medida (-18,4%) e itens de comunicação (-18,3%). A produção de componentes eletrônicos também registrou queda de produção (-6,9%). No segmento de elétricos a produção de lâmpadas caiu -14%, equipamentos para distribuição e controle de energia e geradores -8,8%, transformadores e motores (-7,7%) e produção de pilhas e baterias com queda de -4,7%.
Em relação ao mês de fevereiro de 2019, a produção de bens do setor caiu -2,1%, com redução de -5,9% na área eletrônica e crescimento de +1,6% na elétrica.
Na comparação do trimestre de janeiro a março, a produção industrial do setor eletroeletrônico recuou -7,3%, comparado ao mesmo período de 2018. Essa queda é fruto da redução de -13% na produção de bens eletrônicos, com recuo de todos os segmentos eletrônicos, em alguns casos chegando a uma queda de -16,8%.
No setor elétrico a retração no trimestre foi de- 1,2%, com crescimento apenas na produção de eletrodomésticos de +5,5%
Importante observar que no mês de março deste ano, no dia 28, o IBGE registrou um aumento importante no desemprego que hoje atinge 13,1 milhões de pessoas (12,4 % da força de trabalho no país). Também registrou o maior índice de subemprego desde o ano de 2012 atingindo 27,9 milhões de pessoas (24,6%, da força de trabalho do país).
Nessa perspectiva, o aumento do desemprego e o maior índice de subemprego desde o ano de 2012, são importantes variáveis no consumo dos brasileiros. Assim como o rebaixamento dos salários provocados em relações de trabalho sem a devida proteção social fornecida pelas leis trabalhistas através da carteira assinada.