A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na terça-feira (7) o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) que registrou recuo em abril em relação ao mês de março. O indicador antecipa tendências do mercado de trabalho para os próximos meses levando em conta a opinião de empresários da Indústria e Serviços e Consumidores.
É a terceira queda consecutiva do IAEmp, situando-se em 92,5 pontos, depois de acumular perda de 8,6 pontos. Numa escala de zero a 200 é o menor nível desde outubro de 2018.
Para Rodolpho Tobler economista da FGV IBRE, “o desapontamento com o ritmo da atividade econômica em 2019 e o nível ainda elevado de incerteza no país, contribuem para o retorno do índice ao patamar semelhante ao observado no final do período eleitoral do último ano”.
Seis dos sete componentes do IAEmp registraram variação negativa entre março e abril. O indicador que mais contribuiu para a queda do IAEmp foi o indicador que retrata a perspectiva da situação corrente dos negócios do setor de Serviços, com variação negativa de 3,6 pontos na margem.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que é divulgado em conjunto com o IAEmp e mede a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, subiu 0,7 ponto no mesmo período chegando a 94,8 pontos.
Segundo a FGV, o ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. A pesquisa identificou que os consumidores que se encontram entre a faixa de renda familiar de R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 foram os que mais contribuíram para o seu aumento, ao variar 3,5 pontos.