Terroristas chacinaram pelo menos 305 pessoas, deixando centenas de feridos, na mesquita Al Rauda, localizada na pequena cidade de Bear al Abd, no norte da península do Sinai, no Egito, na sexta-feira (24).
O ataque comoveu o país, que entrou em luto nacional de três dias, entre o dia 25 e 27. Tratava-se de uma mesquita frequentada por praticantes sufistas. Como resposta, as Forças Armadas egípcias anunciaram diversos bombardeios contra posições terroristas. “Como parte da perseguição aos responsáveis por atacar os fiéis na mesquita, nossa aviação teve como alvo diversas posições terroristas, destruindo os veículos que realizaram o ataque”, afirmou Tamer al Rifai, porta-voz das Forças Armadas.
Em comunicado, a União das Tribos do Sinai relataram que os terroristas invadiram a mesquita, e “fecharam as portas e mataram todos os que rezavam”. Não satisfeitos, “um grupo de terroristas se escondeu” e aguardou a chegada das ambulâncias para perpetrar um novo ataque e então fugir. O ataque ocorreu enquanto os fiéis saiam do templo, por diversas bombas caseiras instaladas no entorno da mesquita. Iniciadas as explosões, os terroristas deram inicio a diversos disparos contra os sufistas que tentavam fugir do local.
O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, afirmou, em discurso transmitido pela televisão estatal, que tanto as Forças Armadas quanto a polícia estão trabalhando para fazer justiça e retomar a estabilidade do país. “Vamos responder a esse ato de forma vigorosa”.
A província do Sinai do Norte é conhecida, desde 2014, pela dweletéria atuação do Daesh (conhecido por Estado Islâmico), que entre suas características exibe um sectarismo extremo, desconsiderando qualquer manifestação religiosa que não a sua distorcida fé. Durante os últimos anos, sobretudo, desde dezembro do ano passado, o grupo terrorista foi responsável por diversos ataques contra o país.