O ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu (PT), entregou-se à Polícia Federal, em Curitiba, na sexta-feira (17), conforme determinado pelo juiz federal Luiz Antonio Bonat. Mais de cinco horas depois do prazo, que era às 16h, Dirceu se apresentou na sede da PF.
A determinação do juiz se deu após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ter negado um recurso da defesa de Zé Dirceu, que pedia prescrição de sua pena de 8 anos e 10 meses em sua segunda condenação na Operação Lava Jato.
Dirceu foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa por ter recebido propina para favorecer a empresa Apolo Tubulars em contratos da Petrobrás, entre 2009 e 2012. A propina, que foi de R$ 7,1 milhões, foi dividida entre Dirceu e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás.
O ex-ministro ficou preso entre 2015 e 2017, quando recebeu permissão do Supremo Tribunal Federal (STF) para aguardar seu julgamento em segunda instância em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em 2018, quando se esgotaram seus recursos no TRF-4, foi preso e solto novamente pelo STF.
Antes de voltar para a cadeia, Dirceu gravou mensagem de áudio dizendo que “o vulcão já entrou em erupção”, em referência às manifestações no país em defesa da Educação.