A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (28), uma nova fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que levou ao pedido de prisão de dois funcionários do Bradesco.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, contra o gerente Robson Luiz Cunha Silva e a gerente Tânia Maria Aragão de Souza Fonseca, que foi presa em casa nesta manhã e levada para a Superintendência da PF, na Praça Mauá. Um terceiro mandado tem como alvo o doleiro Júlio Cesar Pinto de Andrade.
A força-tarefa investiga se os gerentes ajudaram a lavar dinheiro da quadrilha de doleiros exposta na Operação Câmbio, Desligo, que apura operações de lavagem de dinheiro que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países, registradas em mais de três mil offshores – empresas ficam em paraísos fiscais.
Eles são suspeitos de ter ajudado a lavar R$ 989,6 milhões por meio do sistema bancário.
Bretas também expediu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.
A Operação Câmbio, Desligo foi responsável pela prisão de 30 pessoas, em quatro estados, desde sua deflagração em 2018. O MPF denunciou 62 pessoas, acusadas de formar uma organização criminosa, desde a década de 90, que promoveu evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
A ação tem como base a delação do doleiro Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony. Os dois trabalhavam para a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral e foram presos pela Lava Jato no Uruguai e trazidos para o Brasil.
O Bradesco informou ter tomado conhecimento pela imprensa da ação envolvendo seus dois funcionários e disse estar à disposição das autoridades.