O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no 1º trimestre, na comparação com o último trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (30) . É a primeira queda desde o 4º trimestre de 2016 (-0,6%).
O resultado do PIB, que é a soma de valores de todas as riquezas produzidas no país, já era esperado por amplos setores e institutos que avaliam o desenvolvimento da economia, considerando as quedas verificadas na produção industrial, nas vendas do comércio, no setor de serviços e nos investimentos públicos nos três primeiros meses do governo Bolsonaro.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2018 (0,5%) e nos quatro trimestres terminados em março de 2019 (0,9%), o resultado não foi diferente, ficando em praticamente ZERO.
Sobre os componentes do PIB, do ponto de vista da Produção, a Agropecuária recuou -0,5% e a Indústria -0,7%. O setor de Serviços ficou praticamente zerado em 0,2%, atingidos pela quedas na indústria de transformação (-0,5%) e na construção (-2,0%).
Sob a ótica da Despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (PBCF) – indicador de investimentos – caiu -1,7%, enquanto o Consumo do Governo (0,4%) e o Consumo das Famílias (0,3%) tiveram taxas próximas de zero, com o governo promovendo o arrocho fiscal, transferindo recursos públicos para o mercado financeiro, com cortes no Orçamento e nos investimentos, e as famílias às voltas com o desemprego recorde e a renda arrochada.
É o resultado da política econômica de desconstrução de Bolsonaro/Guedes que afundaram o país ainda mais na crise. Depois de três anos de recessão (2014-2016) e dois anos patinando em torno de 1% (2017 e 2018), o atual governo aponta com mais recessão, mais desemprego e desmonte das estatais, inclusive dos bancos públicos que fomentam a economia nacional.
A propalada reforma da Previdência, como saída para a crise, é mais uma falácia de Bolsonaro/Guedes. Querem meter a mão em 1,2 trilhão da Previdência Pública para transferir a bancos, não para estimular a produção, o emprego e o bem estar da população.
Não querem fortalecer o mercado interno, valorizar os salários e investir no país. O resultado não poderia ser outro.
Todos os indicadores antecedentes da atividade econômica em abril e maio apontam para um segundo trimestre também recessivo.
Segundo a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio, o resultado mantém a economia brasileira em patamar semelhante ao 1º semestre de 2012. “Em relação ao pico, o ponto mais alto do PIB, atingido no primeiro trimestre de 2014, estamos 5,3% [abaixo]”, destacou.
O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,714 trilhão.