Milhares de pessoas já ocupam o Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, na tarde desta quinta-feira (30), no ato em defesa da Educação, contra o corte de 30% na verba de custeio das instituições federais de ensino e em repúdio ao cancelamento das bolsas de pesquisa fornecidas pela Capes.
De acordo com os organizadores, cerca de 50 mil pessoas já se encontram no local. Eles devem sair em manifestação em direção à Avenida Paulista por volta das 19 horas.
Em São Paulo, o ato é convocado pelas entidades UNE, UBES e ANPG, além da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) e movimentos de pesquisadores científicos, como o Cientistas Engajados.
Estudantes das universidades públicas USP, UNESP, Instituto Federal de São Paulo e UNIFESP, além de diversas instituições particulares também participam da manifestação. Às 15h começou uma aula aberta organizada pela Faculdade de Educação da USP e da PUC. Durante a aula, foi discutido o papel da universidade pública e da importância da pesquisa por Bia Lopes, da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
“O IF de São Paulo sofreu um corte de mais de 50 milhões, um corte de mais de um milhão para cada campus do estado. Um retrocesso muito grande para a Educação”, criticou Pedro estudante do Instituto Federal de São Paulo, da unidade de Pirituba.
“Nós estudantes da Naturologia nos posicionamos contra os cortes da educação e desmonte da governança ambiental brasileira, e principalmente contra o governo Bolsonaro e seu pacote de retrocessos”, destacou Isabela Freire Zirlis, presidente do Centro Acadêmico de Naturologia da Universidade Anhembi Morumbi.
“O governo Bolsonaro instaurou uma política maléfica na educação dando continuidade ao projeto de desmonte e precarização do ensino, que agora culmina em uma manobra de matá-la por inanição; no meio ambiente, enfraquecendo órgãos fiscalizadores, dando anistia a criminosos ruralistas que descartam leis e desmatam florestas inteiras colocando o futuro ambiental em risco irreparável”, destacou Isabela.
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