O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, em discurso na Convenção Nacional do partido, realizada nesta quinta-feira (31), em Brasília, que Jair Bolsonaro é um “oportunista” e “desleal”. Ele aproveitou a presença de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, para se solidarizar com ele contra os ataques do presidente.
“Tem a minha solidariedade, Rodrigo Maia, desses oportunistas, políticos por 30 anos, ele e a família inteira, e em uma deslealdade vem atacar a vida dos homens públicos, jogando a sociedade contra as suas instituições”, disse Alckmin, numa referência à trajetória de Bolsonaro como parlamentar.
“Existem duas grandes mentiras: o petismo e o bolsonarismo”, acrescentou o ex-governador de São Paulo e ex-presidente nacional do PSDB. Alckmin prosseguiu afirmando que o atual governo “não tem nem projeto para o país”. “Onde está a agenda de competitividade desse governo? Vamos ter coragem de criticar, pôr o dedo na ferida”, questionou o tucano.
Ele condenou o decreto de armas de Bolsonaro. “Aumentar a distribuição de arma é uma irresponsabilidade”, salientou.
O PSDB elegeu o deputado Bruno Araújo (PE) como novo presidente do partido em substituição a Geraldo Alckmin.
Tucanos importantes como Fernando Henrique Cardoso e outros caciques da legenda não compareceram à convenção. O ex-presidente da República tem feito críticas ácidas ao governo de Jair Bolsonaro. Outro ausente foi o ex-governador e também ex-presidente do PSDB, Alberto Goldman.
Em entrevista recente, Goldman disse que “só quem não conhecia Bolsonaro podia esperar coisa boa”. João Dória, atual governador de São Paulo e padrinho de Bruno Araújo, apoia Bolsonaro.