
Tales Volpi, conhecido como MC Reaça, foi encontrado morto neste sábado (1), após espancar jovem gravida e cometer suicídio. O jovem de 26 anos foi autor de diversos jingles para a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições do ano passado.
De acordo com informações cedidas pela Polícia Civil, Volpi era casado, mas mantinha uma relação extraconjugal com uma agente de viagens de Indaiatuba. Na tarde de sábado, o pai da jovem, um metalúrgico de 62 anos, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Indaiatuba relatando que a filha foi agredida pelo cantor e estava internada no Hospital Augusto de Oliveira Camargo, na mesma cidade.
A mulher apresentava edema e hematomas no rosto e olho, além de fraturas no maxilar, e precisaria passar por cirurgia. O caso foi registrado como violência doméstica e lesões corporais. A agressão teria acontecido em razão de um suposto anúncio de gravidez feito pela jovem.
A polícia também teve acesso a um áudio que Volpi enviou para a esposa. Nele, ele pede à mulher que ajude a amante a cuidar do bebê, caso a criança sobreviva.
‘MC Reaça’ ficou conhecido com a música “Proibição Bolsonaro”, uma paródia direitista do funk “Baile de Favela”, do MC João.
A letra da música, que fala em dar “ração na tigela” para feministas e compara mulheres “de esquerda” a “cadelas”, foi cantada por apoiadores de Bolsonaro em um ato realizado em Recife durante a camapanha.
“Dou pra CUT pão com mortadela / E pras feministas ração na tigela / As minas de direita são as top mais belas / Enquanto as de esquerda têm mais pelo que as cadelas”, diz um trecho da música.
Bolsonaro usou suas redes sociais na manhã de domingo (2) para lamentar a morte de MC Reaça.
“[Tales] tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil. Que Deus o conforte juntamente com seus familiares e amigos”, comentou Bolsonaro em sua conta oficial no Twitter.