A República Popular Democrática da Coreia lançou com sucesso na madrugada desta quarta-feira (29) um novo e avançado míssil balístico de longo alcance, ou míssil intercontinental, segundo informou a Agência Central de Notícias da Coreia.
O míssil Hwansong-15 foi lançado depois da ordem emitida pelo máximo líder do país, Kim Jong Un que presenciou e dirigiu o ensaio e lançamento realizado fora de Pyongyang.
“A RPDC cumpriu finalmente com sucesso a causa histórica de completar a força nuclear do Estado”, afirmou Kim Jong Un após o lançamento.
Em um comunicado oficial publicado pela KCNA o governo coreano afirma que “a RPDC garantiu o desenvolvimento e o avanço do armamento estratégico da RPDC que tem como objetivo defender a soberania e a integridade territorial do país diante da política de chantagem e ameaça nuclear dos imperialistas estadunidense e garantir a vida pacífica do povo coreano.
“A RPDC declara solenemente que os mísseis não significarão ou trarão nenhuma ameaça para nenhum país ou região enquanto não violarem os interesses nacionais da RPDC”, sublinhou o comunicado governamental.
“Como potência nuclear responsável e Estado amante da paz a RPDC empenhará todos os seus esforços possíveis para servir ao nobre propósito de defender a paz e a estabilidade no mundo”, diz também o comunicado.
O novo míssil testado hoje voou 53 minutos e aterrizou com precisão no ponto fixado como objetivo no Mar do Japão. O foguete que é capaz de alcançar o território continental completo dos EUA Alcançou uma altitude máxima de 4.475 km e percorreu a distância de 950 km.
O Hwansong 15 apresenta vantagens e avanços em relação às especificações táticas e tecnológicas em relação às características técnicas do Hwansong 14 testado em julho.
Em Nova York, a tresloucada Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU vociferou que “ninguém deve duvidar que se ocorrer uma guerra o regime norte-coreano será totalmente destruído”, repetindo o que o tão tresloucado quanto, Trump, havia dito semanas antes.
Trump e Troupe não admitem a independência do país coreano e de seus dirigentes. Menos ainda a firme disposição desses dirigentes em defender seu povo à sua maneira.
A mídia norte-americana e europeia fala do teste de mísseis da RPDC como provocação, mas não fala das provocações dos EUA com sul-coreanos na fronteira com a RPDC em permanentes ensaios de guerra nuclear que simulam a destruição da RPDC e que mobilizam milhares de efetivos militares, aviação, marinha e porta-aviões nucleares como o último “Ulji Freedon Guardian”.
Na ONU, o representante permanente da Rússia, Vassili Nebenzia, conclamou ao diálogo pedindo que os EUA e a Coreia do Sul abstenham-se de fazer manobras militares em alta escala como têm feito. “As manobras militares dos EUA e a Coreia do Sul na fronteira com a RPDC resultarão numa situação explosiva”, afirmou.
Vassili fez nesta quarta-feira (29) um chamamento à RPDC para que suspenda suas provas nucleares e aos EUA que parem de realizar exercícios em grande escala. “Washington e seus aliados parecem querer colocar à prova a paciência da RPDC com manobras militares não declaradas”, afirmou Vassili que criticou a instalação dos escudos antimísseis THAAD dos EUA na Coreia do Sul, “ação que muito contribui para a escalada das tensões na região. Avançar para uma solução completa será difícil enquanto Pyongyang sentir sua segurança ameaçada”, disse o embaixador russo na ONU e acrescentou: “na Coreia socialista é interpretada como manobras hostis as que levam a cabo Washington e Seul.”
ROSANITA CAMPOS