A Tropa de Choque da Brigada Militar do Rio Grande do Sul prendeu 54 manifestantes na madrugada desta sexta-feira (14), durante repressão à Greve Geral. Os protestantes realizam um piquete em frente à garagem de ônibus da Viação Teresópolis Cavalhada, na zona sul de Porto Alegre, quando foram reprimidos pela polícia que tentava liberar a saída dos ônibus.
Além dos 54 presos na zona sul, seis pessoas foram presas em Sapucaia do Sul, na região metropolitana, por obstrução do transporte de trens da empresa Trensurb, uma estatal federal.
Na zona norte, na garagem da empresa municipal de transportes, a Carris, a Brigada usou bombas de gás lacrimogêneo, jatos d’água e cavalaria para afastar o protesto.
De acordo com Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS (Central dos Trabalhadores do Brasil) e Fecosul (Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul), cerca de 250 pessoas estavam no ato da Carris. De acordo com o dirigente sindical, uma mulher foi ferida pela espada de um policial montado.
“Foi uma ação desproporcional contra o nosso piquete. Partiram para cima dos manifestantes com bomba de efeito moral, depois cavalaria com os brigadianos [policiais militares] com espada em punho, ameaçando. Não havia resistência, só reivindicávamos uma conversa prévia com os trabalhadores para saber se queriam aderir ao movimento, mas não foi permitido”, disse em entrevista à Folha de São Paulo.
O comandante da BM, coronel Mário Ikeda, disse que os manifestantes estavam impedindo a saída dos ônibus com os motoristas que não quiseram aderir à paralisação. “Temos a técnica da utilização de todos os meios empregados e não temos notícia formal de algum excesso. Se alguém da população se sentir agredido, pode reclamar junto à Corregedoria, todos os fatos poderão ser analisados”, disse.
Em Alvorada, também na região metropolitana, um soldado ficou ferido na cabeça após levar uma pedrada de um manifestante.
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