Os governadores dos nove estados do Nordeste estão organizando um novo convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com a intenção de levar os médicos cubanos, que foram expulsos por Bolsonaro, para regiões carentes.
Segundo o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o Consórcio do Nordeste já está entrou em contato com representantes da OPAS sobre a possibilidade de trazer profissionais estrangeiros para refazer a cobertura dada pelo Mais Médicos ao sistema público de saúde nos estados nordestinos.
A ideia dos governadores é retomar um contrato regional com Opas para reinstalar o atendimento de médicos cubano à regiões carentes e inóspitas, que ficaram descobertas após Bolsonaro ter rescindindo o acordo com a organização a pan-americana. Bolsonaro e seus correligionários atacavam os profissionais de saúde cubanos, chamando-os de espiões perigosos e falando outras sandices.
Após a saída dos cubanos do país, o governo não cumpriu a promessa de que as vagas do programa Mais Médicos em regiões inóspitas seriam ocupadas por médicos brasileiros. Em apenas três meses, 1.052 médicos que se apresentaram para ocupar as vagas abandonaram o trabalho, deixando a população à deriva, segundo informações divulgadas pelo próprio Ministério da Saúde.