Os policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte (RN) suspenderam a paralisação da categoria na tarde desta segunda feira (17). A paralisação teve início na manhã de segunda reivindicando reajuste salarial e pagamento de salários atrasados.
Após 5 horas de negociação com representantes do governo, liderados pelo vice-governador, Antenor Roberto, os militares decidiram pela suspensão.
Também foram pautados pelos movimentos o pagamento das folhas em atraso; pagamento das promoções já efetivadas (abril, agosto e dezembro de 2018); efetivação das promoções referente a 21 de abril; e atualização dos níveis remuneratórios.
Participaram da mesa de negociações o coronel Francisco Araújo Silva, secretário de Segurança Pública, além dos comandantes das corporações, os coronéis Alarico Azevedo da Polícia Militar e Luiz Monteiro da Silva dos Bombeiros Militares, bem como dirigentes das associações de classes e representante da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional RN.
A categoria pontua que mesmo que não tenham sido sanadas todas as exigências da categoria, o movimento sai com um importante vitória e o compromisso da continuidade do diálogo para dar conta dessas pautas.
“Não era exatamente o que queríamos, mas os policiais e bombeiros decidiram concordar com o que foi proposto pelo governo, até entendendo a necessidade que a população tem nesse serviço. Seguiremos, no entanto, acompanhando essas evoluções. Não admitimos nenhum retrocesso no que foi compactuado”, explicou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), subtenente PM, Eliabe Marques.
Segundo o subtenente Eliabe Marques, presidente da ASSPMBMRN, o déficit salarial dos militares atualmente chega a 60,49%. Ele explica que a categoria não recebe ao menos a reposição inflacionária há cinco anos.
“Os índices de violência têm diminuído em todo o RN, vemos isso sendo noticiado pelos institutos de pesquisa, jornais e até mesmo pelo próprio Governo. Este resultado se dá graças ao sacrifício e abnegação dos militares estaduais, que merecem uma contrapartida do Governo pelo seu bom trabalho”, argumenta o subtenente Eliabe.
O governo do Rio Grande do Norte garantiu aos policiais e bombeiros que os recursos extras, que serão recebidos até o fim do ano, serão destinados ao pagamento dos salários dos agentes de segurança pública que estão em atraso.
“Apresentamos a proposta possível, que inclui o envio do projeto de reestruturação em setembro e os aumentos sejam efetivados a partir de março de 2020”, disse o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Civil, Francisco Araújo.