A indústria do Estado de São Paulo – onde está concentrado o maior e mais dinâmico parque industrial do país – fechou 6,5 mil postos de trabalho em maio. A variação sobre o mês anterior é de -0,34% na série com ajuste sazonal, de acordo com os dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Conforme pesquisa da entidade, as principais influências vieram dos setores de vestuário, couro e calçados, e alimentos – mas o desempenho negativo foi observado em 15 dos 22 setores acompanhados, indicando que a crise é generalizada.
As indústrias de confecção de artigos do vestuário e acessórios sozinhas demitiram 1.562 trabalhadores; as de celulose, papel e produtos de papel, 1.281 e; a de produtos alimentícios, 1.153 postos, representando as principais contribuições para o resultado do quinto mês do ano.
Reflexo da crise que se aprofunda a cada dia, a produção industrial brasileira já acumulou até abril perdas da ordem de -2,7%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, a produção industrial paulista caiu -2,6%.
O corte de postos de trabalho na indústria paulista se soma a o montante de 28,4 milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas no país em abril de 2019, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo IBGE.