A produção industrial brasileira se mantém estagnada, com crescimento de apenas 0,2% em outubro, comparado com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os nove ramos que reduziram a produção nesse mês, produtos alimentícios (-5,7%) obteve o desempenho mais negativo em relação à média global, eliminando o aumento de 3,7% verificado em setembro. Outros resultados negativos importantes foram observados nos setores de coque (usado para a produção de ferro), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,2%).
Os setores de bens de consumo duráveis (-2,0%) e de bens intermediários (-0,8%) recuaram em outubro de 2017, com o primeiro interrompendo três meses consecutivos de alta, período em que acumulou ganho de 9,7%; e o segundo eliminando o avanço de 0,7% assinalado no mês anterior.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês anterior, bens de consumo semi-duráveis e não-duráveis, ao crescer 2,0%, apontou para a expansão em outubro de 2017 e interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 2,8%.
A evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em outubro de 2017 comparado com o encerramento do mês anterior. Entre as grandes categorias econômicas, com ajuste sazonal, bens intermediários (-0,4%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) tiveram resultados negativos nesse mês, enquanto bens de consumo duráveis (1,3%) e bens de capital (0,7%) tiveram pequena alta em outubro de 2017.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 5,3% em outubro de 2017. No índice acumulado de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,9%. Grande parte desse resultado refere-se a uma base de comparação extremamente deprimida em 2016. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%) dirigidas para exportação exerceu a maior influência positiva sobre a média da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças.