“A indústria continua mostrando dificuldades”, segundo os Indicadores Industriais divulgados na segunda-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O faturamento, as horas trabalhadas na produção e o emprego na indústria caíram em maio frente a abril.
O faturamento real do setor recuou -2,2% em maio frente ao mês anterior, na série mensal com ajuste sazonal. “O faturamento real continua alternando resultados positivos e negativos há praticamente um ano. Como as quedas superam as altas, a tendência é de queda”, avalia a CNI.
Em maio, o emprego industrial caiu -0,2% em relação a abril, na série dessazonalizada. “O indicador segue praticamente estagnado, sem variações relevantes desde o fim do primeiro semestre de 2017”. Em maio deste ano, o resultado foi 0,4% menor que o registrado em maio de 2018. E o acumulado nos primeiros cinco meses deste ano é 0,1% menor que em igual período do ano passado.
Outro indicador da pesquisa da CNI é o de horas trabalhadas na produção. Em maio, as horas trabalhadas recuaram -0,2%, já considerado também o ajuste sazonal (descontado os efeitos das estações, feriados, etc). “O índice vem oscilando, mantendo-se no mesmo patamar, desde o início de 2018”.
Os três outros indicadores da pesquisa de maio: Massa salarial real, Rendimento médio real tiveram pequenas variações de +0,4%e +0,5% respectivamente, praticamente zero. E a e Utilização da Capacidade Instalada (UCI) continua em torno de 78%.
Segundo divulgou o IBGE nesta quinta-feira (2), a produção industrial caiu 0,2% em maio na comparação com abril. No acumulado do ano, a queda é ainda maior: -0,7%. A queda ocorreu em 18 das 26 atividades apuradas.
Com a economia no fundo do poço, os resultados de maio apontam para mais um trimestre recessivo para o setor e para toda a economia. O Produto Interno Bruto (PIB) nos três primeiros meses do governo Bolsonaro/Guedes encolheu -0,2%.
E há ainda os que acreditam que o acordo Mercosul-União Europeia vai salvar a indústria nacional.