O Conselho de Segurança da ONU, em reunião de urgência na quinta-feira (30) numa tentativa de Trump de discutir novas sanções contra Pyongyang após o teste de míssil Hwasong 15 da Coreia Popular na última terça-feira, contou com a oposição de Moscou e Pequim, ambos com poder de veto no CS.
Ambos países reiteraram a posição comum de que “diálogo e da negociação” é o caminho para a resolução da crise criada por Washington na Península coreana.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov foi mais explícito ao marcar as diferenças com a posição dos Estados Unidos e afirmou que o processo de sanção está esgotado. “Nós temos uma atitude negativa. Já dissemos mais de uma vez que a pressão das sanções acabou por conta própria”, disse Lavrov durante uma visita a Minsk, na Bielorrússia, em declarações citadas pela agência de notícias russa Tass.
O chanceler russo centrou-se nas resoluções da ONU com sanções contra a RPDC (República Popular Democrática da Coreia), afirmando que elas contêm a demanda para retomar o processo de negociação, “uma demanda que o lado norte-americano ignora”.
Abertamente crítico da posição da Casa Branca, Lavrov também sugeriu que a posição hostil dos EUA empurrou Pyongyang para os testes nucleares e de mísseis. “Parece que eles [EUA] teriam feito tudo de propósito para Kim Jong-un perder o controle e fazer um movimento desesperado”, disse o chefe da diplomacia do Kremlin. E ele advertiu que, se os americanos “querem destruir a Coreia do Norte, eles deveriam dizê-lo abertamente e a liderança dos EUA deve confirmar isso. Então, decidiríamos como responder”.
A China reduziu embarques de petróleo para Coreia Popular em outubro, sob sanções impostas ao país pelo CS, mas não cancelou completamente o fornecimento. A solução deve vir através de “negociação e diálogo” e intervenção militar também não é opção”, disse Geng Shuang, porta-voz da chancelaria chinesa.