“A luta tem que ser pela reprovação do projeto na íntegra”, afirmou a economista Marilane Oliveira Teixeira sobre a reforma da Previdência.
Para a economista, apesar das alterações feitas pela relatoria, os direitos previdenciários dos trabalhadores continuam gravemente sendo subtraídos.
A pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e da Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avalia que as alterações feitas pelo relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB), aconteceram por conta da pressão feita pelos trabalhadores.
“Tivemos vitórias importantes, um reflexo da forma como a sociedade e os movimentos sociais e sindicais reagiram ao texto, mas nós temos muito para avançar”, disse.
Apesar dessas alterações o projeto tem que ser “reprovado na íntegra” já que aumenta a mínima e o tempo de contribuição, desconstitucionalizando a Previdência e mudando as regras para o acesso à pensão.
“Se você decidir manter a aposentadoria, ela (pensão) será calculada numa proporção, nunca o valor integral, e, evidentemente, que serão as mulheres as mais prejudicadas. Essa talvez seja uma das reformas mais perversas”, comentou Marilane.
Além disso, a pesquisadora acredita que “todo esse desmonte da seguridade social, essa economia de mais de um trilhão, ela tem o objetivo que é financiar esse regime de transição para o modelo de capitalização”.
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