Bolsonaro é a favor do trabalho infantil, provavelmente, na família dos outros.
Em 2015, entrevistado pela revista Crescer, Renato Antonio, um dos irmãos de Bolsonaro, declarou:
“Meu pai tinha o estilão dele, boêmio. Mas nunca deixou um filho trabalhar, porque achava que filho tinha que estudar.”
Segundo o irmão de Bolsonaro, em criança, na cidade paulista de Eldorado, “brincávamos na fonte, pegávamos laranja, caçávamos passarinhos. Era diferente de hoje, não tínhamos maldade”. E, também, jogavam futebol: “se alguém desse uma pegada nele [Jair Bolsonaro], ficava bravo”.
Entretanto, na última sexta-feira (05/07), Bolsonaro escreveu no Twitter:
“Olha só, trabalhando com nove, dez anos de idade na fazenda eu não fui prejudicado em nada. Quando um moleque de nove, dez anos vai trabalhar em algum lugar, tá cheio de gente aí ‘trabalho escravo, não sei o quê, trabalho infantil’. Agora, quando tá fumando um paralelepípedo de crack, ninguém fala nada.”
E, no dia seguinte, disse que trabalhava “desde os oito anos de idade plantando milho, colhendo banana, com caixa de banana nas costas, com dez anos de idade e estudava. E hoje sou quem sou”.
Quem será que Bolsonaro é?
Provavelmente, a julgar pela entrevista do seu irmão, um mentiroso.
Na mesma entrevista, Renato Antonio Bolsonaro confidenciou que, em criança, o apelido de Jair era “Palmito”, porque “era branco e comprido”, mas que ele “ficou meio bravo”.