Setor de serviços fica nulo em maio, diz IBGE

Foto Licia Rubinstein-Agência IBGE Notícias

O setor de serviços, que tem peso de mais de 70% na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país, registrou avanço zero na passagem de abril para maio de acordo com pesquisa mensal divulgada na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, que vem após o PIB ter caído -0,2% no primeiro trimestre do ano, reforça a leitura de que o país caminha rumo à recessão – já que abril, mês que iniciou o segundo trimestre, o resultado também foi insignificante, de apenas 0,5% (revisado).

No primeiro trimestre, os resultados para o setor foram, respectivamente, -0,3% (janeiro), -0,6% (fevereiro) e -0,7% (março) – todos dados revistos pelo IBGE nesta última pesquisa.

Com o resultado do quinto mês do ano, o volume de serviços prestados está 11,8% abaixo do alcançado em janeiro de 2014. E ainda:

“Se a gente leva em consideração esses cinco resultados de 2019 e os compara com dezembro do ano passado, nós temos um setor de serviços operando 1,1% abaixo”, destacou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa pelo IBGE.

Transporte em queda

Respondendo por cerca de 30% de todo o volume de serviços prestados no país, o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios caiu 0,6% em maio e teve grande influência na variação nula registrada no mês. Trata-se da segunda queda mensal seguida, deixando o segmento operando 4,1% abaixo do que operava em dezembro do ano passado.

“Esse resultado dos transportes está correlacionado com o ritmo lento da economia e com o menor ritmo da produção industrial. Ou seja, tem a ver com a atividade econômica em si”, afirmou o pesquisador do IBGE.

Economia em queda

Em maio, a produção industrial e o comércio – também componentes importantes do PIB – tiveram resultado negativos. De acordo também com o IBGE, a indústria caiu 0,2% no período e as vendas no varejo, 0,1%.

Diante dos sucessivos resultados, as previsões para o crescimento da economia em 2019, que no começo do ano rondavam os 2,5%, hoje estão em torno de apenas 0,8%.

PRISCILA CASALE 


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