A última terça-feira, 5, foi marcada por protestos e mobilização contra a reforma da Previdência em todo o país. Aposentados, professores, metalúrgicos, petroleiros, servidores públicos e trabalhadores de todos os setores se reuniram para lutar contra a aprovação da reforma e deixar claro que “se votar, o Brasil vai parar”.
Frente ao recuo do governo, que pretendia ter votado esta semana a reforma, os trabalhadores organizaram manifestações e atos em diversas partes do país, em grandes avenidas, em frente às sedes do INSS, no chão de fábricas.
Em São Paulo (SP) e em São José dos Campos (SP), metalúrgicos realizaram assembleias e passeatas na região. Houve também manifestação na Av. Paulista com os trabalhadores do Judiciário, Metroviários, além de movimentos de negritude, mulheres e de estudantes.
No Rio de Janeiro, pela manhã, os protestos ocorreram nos bairros, fábricas e ruas, e à noite mais de 10 mil manifestantes se reuniram na Candelária, de onde da Avenida Rio Branco até a Cinelândia. “É muito importante manter as manifestações contra a reforma da previdência. O governo está com dificuldades de conseguir os votos para aprová-la e temos que levar essas manifestações para a porta da casa dos deputados federais. Essa reforma atinge principalmente os servidores públicos e nós sabemos que ela não é necessária, pois a auditoria já provou que não existe déficit na Previdência”, afirma Marco Correa da Silva, presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Rio de Janeiro (Fesep-RJ).
Em Aracaju (SE), trabalhadores dos transportes, agências bancárias, comerciários, petroleiros entre outras categorias paralisaram as atividades pelo dia. Travamentos de avenidas também foram realizados, além de manifestações. Em Minas Gerais, houve ato unificado em Belo Horizonte. Em Porto Alegre (RS), após concentração nas proximidades da estação rodoviária da cidade, trabalhadores de diversas categorias se deslocaram até o prédio do INSS, em marcha. Também houve atos em Salvados (BA), Recife (PB), São Luís (MA), Belém (PA), Brasília (DF), Goiânia (GO).
Além disso, os sindicatos estaduais de São Paulo dos Metroviários, dos Eletricitários e o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente), emitiram uma convocatória chamando a todas as entidades para unificar as categorias na luta contra a reforma. As entidades estão organizando uma assembleia geral no dia 07.
Segundo o dirigente da executiva nacional da Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, presente no ato em São Paulo, “é necessário preparar a Greve Geral para o caso de o governo insistir nisso”, destacou.