Há 50 anos missão Apollo 11 provou que a Lua não é plana

Vista da Terra enquanto o módulo de exploração se aproxima da superfície lunar (Foto-Divulgação/Nasa)

Apesar de convidado para um ato pelos 50 anos da primeira viagem do homem à Lua, o maior feito do programa espacial norte-americano, o presidente Jair Messias Bolsonaro declinou de ir, alegando que no mesmo horário teria jogo do Palmeiras contra o Ceará.

Para quem, nem nas férias, deixa de bater continência para a bandeira norte-americana, causa estranheza que deixe de apreciar o feito da Nasa na Lua, a mítica Apollo 11. “É complicado, escala o Mourão”.

Logo ele, que quer o próprio filho fritando hambúrger para o amigo Trump nos fins de semana na mansão de Mar-a-lago, na Flórida.

E aquela emoção, do “um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a Humanidade”, como fica? E aquela pergunta que os perspicazes entrevistadores sempre fazem, “onde você estava quando Neil Armstrong pisou na Lua?”

Meio bilhão – uma quantidade espantosa de telespectadores, na época, vendo ao vivo.

Nada disso tocaria o presidente Bolsonaro?

Além disso, tem aquela cena que só os corações mais sensíveis podem captar em toda a sua beleza pura: a bandeira norte-americana, a “estrelas e listas”, em solo lunar. E Bolsonaro não quer ir?

Aí tem. No que será que a histórica jornada à Lua atormenta o presidente?

Há 50 anos, os astronautas norte-americanos Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins demonstraram com sua missão – se fosse preciso – que a Lua não é plana. Aquela foto da Terra vista da Lua continua oprimindo ainda hoje os terraplanistas.

Antes, um cosmonauta comunista, Yuri Gagarin, assombrara o mundo, ao ir pela primeira vez ao espaço, e dizer que a Terra era “azul”. Aliás, azul e redonda, bem redonda.

Pensando bem, o que os terraplanistas teriam para comemorar? Melhor o Jair Messias assistir o futebol.