Com greve geral e três dias de fúria convocados pelas lideranças palestinas, o povo palestino está indo às ruas barrar o suporte de Trump ao apartheid israelense, com o anúncio de transferência da embaixada e reconhecimento unilateral de Jerusalém como capital israelense. “Mova a embaixada para o seu país, não o nosso. Jerusalém, o coração de Palestina, não está em negociação”, expressava faixa levada por um manifestante.
Centenas de jovens indignados queimaram pneus e bandeiras americanas em protestos espontâneos na quarta-feira na Faixa de Gaza contra a “profanação de Jerusalém”. Uma multidão à noite bradou “morte à América”, “morte a Israel” e “abaixo Trump”. Protestos também eclodiram na Cisjordânia, onde moradores de Qalqilya queimaram retratos de Trump. Em Belém, cristãos queimaram cartazes com a cara de Trump.
Por toda a Turquia eclodiram manifestações de repúdio ao anúncio de Trump. Várias centenas se reuniram diante do consulado dos EUA em Istambul gritando slogans anti-Trump enquanto lançavam objetos na missão diplomática americana. Dirigida pela Associação da Juventude da Anatólia (AGD), a multidão exibiu cartazes e bandeiras que apoiam a causa palestina.
Os protestos antiamericanos também ocorreram na Mesquita Fatih em Istambul. A manifestação organizada pela Fundação da Juventude Turca (TUGVA) pediu aos muçulmanos em todo o mundo para se unirem contra a decisão americana, que eles denunciaram sinalizar a morte para o processo de paz no Oriente Médio.
Os manifestantes também marcharam até a embaixada dos EUA em Ancara, onde declararam que a causa palestina é uma questão básica para todos os muçulmanos. Atos de repúdio semelhantes ocorreram em 16 províncias, segundo a agência de notícias Anadolu.
Também na capital jordaniana, Amã, manifestantes rechaçaram Trump e a ocupação israelense: “abaixo a América … a América é a mãe do terror”. Ocorreram ainda protestos nos campos palestinos de Al-Wahdat, Baqaa e Hitin, bem como na cidade de Maan, no sul da Jordânia.
Em Londres, um representante palestino afirmou que a decisão de Trump é “uma declaração de guerra contra 1,5 bilhão de muçulmanos e centenas de milhares de cristãos que “não vão aceitar que os locais sagrados estejam totalmente sob hegemonia de Israel”.