Lula declarou em Maricá, que “a Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio de Janeiro”, “o Rio não merece ter governadores que foram eleitos pelo voto popular presos porque roubaram”.
Lula não para de dizer besteiras. Em Maricá, na quarta-feira (7) ele declarou que “a Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio de Janeiro”, “o Rio não merece ter governadores que foram eleitos pelo voto popular presos porque roubaram”. Ora. Onde Lula queria que eles estivessem? Em suas mansões? A de Cabral já foi a leilão. E mais, Lula diz ter dúvida se Cabral roubou. “Eu nem sei se isso é verdade porque não acredito em tudo o que a imprensa fala”, afirmou o ex-presidente, durante a morna caravana feita no Rio de Janeiro.
Pasmem, Lula não acredita. Mas o povo não tem dúvida que Cabral é ladrão. Até o anel da mulher dele, no valor de R$ 800 mil, era propina de Cavendish, revelaram as provas. Carlos Miranda, o operador financeiro do ex-governador disse, na segunda-feria (11), em depoimento, que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner recebiam R$ 150 mil todos os meses e havia pagamento de “13º e 14º salários”, num esquema que funcionou até o fim de 2016, quando o ex-governador foi preso. Mas, Lula não acredita em nada disso. Só de devolução de dinheiro roubado, a Lava jato já recuperou R$ 10,8 bilhões dos quais já entregou ao poder público R$ 1,47 bilhão.
Cabral está preso, condenado em vários processos, mas Lula, em sua busca frenética de remontar a fatídica chapa PT/PMDB, não tem vergonha na cara de defender o ladrão. Para isso ele inventa até que foi a Lava Jato que destruiu o Rio de Janeiro. Parece brincadeira, mas não é. A defesa que Lula faz de Cabral tem uma explicação: os dois roubaram juntos. Se Cabral ficar na cadeia, Lula também vai.
Depois de absolver Cabral, Lula continuou atacando o juiz Sérgio Moro, que o condenou a 9 anos e seis meses de cadeia, por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Em encontro no Rio de Janeiro, ele afirmou que não esperava que o juiz da Operação Lava Jato aceitasse a denúncia do Ministério Público Federal, pois “perceberia a falta de provas”. “Eu fiquei pensando: ele está aceitando a denúncia porque no dia do julgamento ele quer passar para a história como o cara que é injusto. O cara é do mal, bicho”, disse o petista. Só que, ao contrário do que diz Lula, o processo está repleto de provas.
Não surpreende que alguém que ache um absurdo Cabral estar preso, considere que o juiz que combate a corrupção seja “do mal”. Também não pode gostar da ação de Moro quem ache que as empreiteiras deviam continuar atuando normalmente. No encontro, Lula saiu em socorro dos “amigos” do cartel, que, afinal, o abasteceram todos esses anos. Segundo ele, “é preciso fazer uma distinção. Se um empresário roubou, você prenda o empresário, mas não precisa quebrar a empresa”. Ora. A empresa não pertence ao empresário? Seria uma estatização o que Lula está defendendo? É claro que não. O que ele queria é que a Odebrecht, a OAS, a Camargo Correa, etc, continuassem a superfaturar e a fazer aditivos em obras inacabadas. Em suma, Lula queria manter tudo como estava. Por isso a bronca com o juiz Sérgio Moro. S.C.
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Publicado por Sergio Cruz em Terça-feira, 12 de dezembro de 2017