Depois de agredir o governador Flávio Dino (PCdoB) e o povo do Maranhão, Jair Bolsonaro segue desrespeitando toda região Nordeste. Disse ao jornal Estado de S.Paulo na segunda-feira (05) que não tem preconceito mas que os estados da região só receberão verbas se os governadores o adularem.
“Só receberá verbas quem disser que está com o presidente”, avisou.
Nunca se viu uma afronta tão clara de um presidente da República à Constituição, à Federação e ao povo de uma região como esta levada a cabo pelo político do PSL.
“O que eu quero desses respectivos governadores: não vou negar nada para esses Estados, mas se eles quiserem realmente que isso tudo seja atendido, eles vão ter que falar que estão trabalhando com o presidente Jair Bolsonaro”, anunciou.
Como se vê, nestes tempos a chantagem passou a ser feita às claras, sem peias e sem subterfúgios. “Ou diz que está comigo ou vai ficar a pão e água”. Este é o recado de Bolsonaro. Lembra um pouco o modus operandi das milícias do Rio de Janeiro em relação às populações dominadas por elas.
“Não posso admitir que governadores como o do Maranhão e da Paraíba façam politicalha no tocante à minha pessoa”, prosseguiu o atual comensal do Planalto.
Após a ameaça de estrangulamento de quem não se juntar a ele, o “mito” disse que não tem preconceito nenhum. “Não estou aqui com colegas nordestinos para fazer média. […] Mas não existe esta questão de preconceito”, afirmou.
Falou isso depois de mentir que o Nordeste tem recebido recursos abundantes do governo federal. Os fatos demonstram exatamente o contrário. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, como veremos a seguir, reduziu os empréstimos para a região depois que ele assumiu (v. Governo discrimina Nordeste cortando empréstimos da Caixa Econômica).
O levantamento, feito com base nos números do próprio banco e do sistema do Tesouro Nacional, aponta que até julho, foram fechadas menos de dez operações para a região, que juntas totalizam R$ 89 milhões, ou cerca de 2,2% do total – volume muito menor do que em anos anteriores.
Em todo o país, o banco autorizou novos empréstimos no valor de R$ 4 bilhões para governadores e prefeitos até julho. No ano passado a região recebeu R$ 1,3 bilhão, o que equivale a 21,6% dos R$ 6 bilhões fechados pela Caixa em operações para governos regionais. Em 2017, o banco contratou R$ 7 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão foi direcionado para governadores e prefeitos nordestinos, 18,6% do total.
Isso tudo começou depois daquela pérola dita por Bolsonaro há duas semanas, num café da manhã com representantes da imprensa internacional. O que ele cochichou ao pé-de-ouvido de Onyx Lorenzoni naquele dia foi gravado e não deixou nenhuma dúvida sobre o que se prepara para a região.
“Daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada para esse cara”, afirmou o presidente, sem saber que estava sendo gravado.
Flagrado segredando que não vai atender aos anseios do povo nordestino, e que esses não passam de “paraíbas”, Bolsonaro reagiu com ferocidade e segue até hoje atirando pedras nos governadores da região.
“Eu tenho preconceito é com governador ladrão que não faz nada para o seu estado”, afirmou o presidente para cerca 200 pessoas em Sobradinho (a 602 km de Salvador), aproveitando-se da ausência do governador da Bahia.
Para Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, a referência aos “paraíbas” foi uma forma pejorativa de Bolsonaro se referir aos nordestinos.
Após o desrespeito e a afronta ao povo da região, Bolsonaro disse, num cinismo inaudito, que trabalha para “unir o país” e que “os governadores do Nordeste é que agem para dividir o Brasil”.
“Para alguns governadores… é o Nordeste e o resto. Querem fazer disso aqui uma Cuba?”, prosseguiu.
Esta atitude tresloucada de Bolsonaro foi caracterizada por Flávio Dino como uma postura de “ódio, racismo e preconceito”.
O chefe do Executivo afirmou que, se não o adularem, vai passar por cima de todo mundo e falar diretamente com os prefeitos. Uma atitude divisionista, segregacionista e anti-republicana. Os governadores obviamente, diante disso, se uniram e se preparam para exigir seus direitos.
A reação divisionista de Bolsonaro é dizer que os governadores atacados é que dividem o país. “Agora mesmo estão tendo indícios de que, se não todos, a maioria dos nove governadores do Nordeste quer começar a implementar a divisão do Nordeste contra o resto do Brasil”, acusou.
Nada mais falso e invertido. Quem acirra a divisão e o ódio no Brasil é o bolsonarismo mais extremado, que tem como principal porta-voz o próprio presidente.
Este último ataque feito por ele refere-se à iniciativa dos governadores do Nordeste de formarem um “Consórcio” da região para enfrentarem juntos os desafios econômicos comuns e as ameaças que a região tem sofrido.
Perguntado se não estava sendo muito agressivo, Bolsonaro respondeu: “paciência. Já sabiam que eu era assim. A gente procura se polir um pouco mais, mas acontece”.
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