
Jeffrey Epstein, magnata norte-americano acusado e preso por tráfico sexual e por abuso de menores, foi encontrado morto em sua cela, na prisão de segurança máxima Manhattan MCC, em aparente suicídio, no sábado, 10.
O pedófilo, que desde 2008 estava listado como “infrator”, em Nova York, mantinha relações próximas com destacadas figuras políticas dos Estados Unidos, entre elas o casal Clinton e o presidente Trump.
Segundo a acusação, Epstein convidava menores – algumas com menos de 14 anos – a suas mansões em Manhattan e Palm Beach, Flórida, onde havia sessões de “massagem”, como denomina o New York Times e outros jornais, as atividades sexuais com as menores.
O magnata, cujo processo está em curso, que negou os crimes, enfrentaria uma pena de 45 anos de prisão no caso de ser considerado culpado.
Em 25 de julho passado, depois ter negada a sua liberdade sob fiança, o bilionário foi encontrado inconsciente com marcas no pescoço, por isso as autoridades penitenciárias já investigavam uma possível tentativa de suicídio.
Rapidamente surgiram questionamentos sobre como foi possível que Epstein pudesse tirar a vida apesar de informes de que estava sob vigilância após o primeiro atentado contra sua vida. “Necessitamos respostas, muitas”, assinalou a deputada de Nova Iorque, Alexandria Ocasio-Cortez, exigindo mais informações sobre as atividades criminosas do falecido.
O acusado administrava a empresa J Epstein and Co., que especulava com recursos de clientes que valiam mais de US$ 1 bilhão.
“Conheço Jeff há 15 anos. É um cara ótimo. É divertido estar com ele. Dizem que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, mas muitas delas são mais jovens. Não há dúvidas, Jeffrey aproveita sua vida social”, disse o presidente Donald Trump à revista “New Yorker”, em 2002. Nunca se retratou da afirmação.
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