Presente na audiência pública sobre privatizações de empresas estatais que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoveu na última terça-feira (27), o ex-ministro e vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, afirmou que “falta ao Brasil um projeto nacional e sem esse projeto nacional, desfazer-se do patrimônio apenas por prostração ideológica pode ser um mal irreparável para a sorte do país”.
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Ciro expressou mais uma vez seu antagonismo ao governo Bolsonaro, afirmando ter “nojo profundo do que representa o presidente” e disse que, neste momento, “nenhum brasileiro é capaz de saber para onde está indo nosso país em matéria de indústria, ciência e tecnologia, inovação, educação, saúde e segurança pública” e que, ao tratarmos de privatizações, temos que ter uma visão estratégica do país.
Segundo o ex-ministro, não é porque temos “o que será talvez o pior presidente que o país já teve”, que vamos deixar de nós perguntar “para onde estamos indo” e o “que queremos ser nos próximos 10 ou 15 anos”.
Ele afirmou que o país está vivendo “um retrocesso sócio-econômico” e que, mesmo acreditando que “privatização não deve ser uma coisa religiosamente vista, porque não é boa e nem má por si”, não podemos ver com “ingenuidade” o projeto neoliberal.
“Privatização não é crime, nem salvação da lavoura. É uma ferramenta que devemos usar conforme uma visão estratégica de que país queremos ser”, disse.