O PSB decidiu se retirar do Foro de São Paulo em reunião do diretório nacional do partido, realizada na sexta-feira (30).
A resolução aprovada pelo diretório destaca que o partido resolve “deixar de integrar o Foro de São Paulo, de cujos encontros o PSB já não participa há anos, e solicitar à sua coordenação que exclua o PSB da lista oficial de partidos que constam de sua página na internet”.
O texto do documento explica que o partido repudia as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela e não reconhece Juan Guaidó como presidente autoproclamado, mas também critica a atuação de Nicolás Maduro.
Já o Foro de São Paulo apóia de forma irrestrita o governo venezuelano, denunciando apenas os ataques de Donald Trump e Guaidó.
O partido repudia as “violações de direitos humanos praticadas pelo governo venezuelano” e defende que Maduro ponha em liberdade os presos políticos.
Criticou também as “sanções econômicas impostas à Venezuela pelo governo Trump e endossadas por Bolsonaro, por considerar que tais sanções agravam a situação econômica e social daquele país e o sofrimento de seu povo”.
O PSB repudia “veementemente qualquer proposta de intervenção estrangeira na Venezuela, que iria de encontro aos princípios constitucionais de nossas relações internacionais” e não reconhece “a autoridade de Juan Guaidó como presidente autoproclamado”.
Por fim, o partido manifestou sua “solidariedade ao povo venezuelano, que é quem mais sofre com esta grave crise humanitária”.
DEPUTADOS
O diretório nacional do PSB também decidiu suspender as funções partidárias de nove deputados que votaram a favor da reforma da Previdência e expulsar o deputado Átila Lira (PI).
Em abril, o diretório decidiu fechar questão acerca da reforma da Previdência por entender que o “espírito geral da proposta” significa a “destruição da Seguridade Social e o empobrecimento geral do País, sobretudo dos pequenos municípios e dos mais pobres”.
Porém, na votação na Câmara, dez deputados votaram a favor da proposta do governo Bolsonaro.
O deputado Átila Lira será expulso por reincidência, visto que também votou a favor da reforma Trabalhista durante o governo de Michel Temer.
Os deputados que terão sua atuação suspensa são Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).