As vendas de veículos sofreram uma queda de 2,25% em agosto sobre o mesmo período do ano passado, após 27 meses de números positivos. De acordo com os resultados e análise apresentados na segunda-feira (03) pela Fenabrave – federação que reúne as concessionárias de veículos do país – a demanda vinha sendo sustentada especialmente pela venda à locadoras de veículos e frotistas.
Este mercado viu oportunidade no aumento da demanda pelos serviços de viagens particulares de aplicativo que, por conta do desemprego, atraiu muitos motoristas.
No mês, 243 mil unidades de veículos – considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram emplacados no país – das quais 40% foram vendas diretas, ou seja, para pessoa jurídica. Foram quase 8 mil emplacamentos apenas de automóveis de um ano para o outro.
Por outro lado, o desemprego e o trabalho informal – com rendimento mais baixo e com trabalhadores sem acesso a benefícios e ao crédito – têm reflexo sobre o comércio de veículos no varejo, quando o comprador é pessoa física.
Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a respeito do comércio varejista ampliado (que inclui vendas de veículos e materiais de construção) mostrou perda de ritmo sucessiva no segundo trimestre do ano e resultado nulo (0,00%) de maio para junho.
PRISCILA CASALE