O governo inglês recontratou empresas que instalaram o mesmo produto inflamável usado no revestimento do prédio Grenfell Tower (que fez o fogo se alastrar ao longo dele com rapidez mortal), para trocar o revestimento de prédios em igual situação de risco.
Assim que o Grenfell pegou fogo arquitetos vieram a público denunciar que esta situação já havia sido reportada ao governo do país e que pelo menos 161 edifícios estavam em igual condição arriscada.
O edifício onde aconteceu a tragédia, no mês de junho, era de 24 andares, situado na região leste de Londres. Em junho, o fogo se alastrou pelas paredes deixando 71 mortos e centenas de desabrigados.
Um curto-circuito provocou um princípio de incêndio que em condições normais ficaria restrito a um andar, mas o uso de painéis de alumínio com núcleo de polietileno na parte externa do Grenfell Tower fez as chamas subirem pelas paredes de forma rápida e incontrolável.
A notícia sobre os contratos de reforma envolvendo construtora que utilizaram o revestimento inflamável para reparar 29 prédios foi veiculada pela Reuters. Entre as empresas implicadas na utilização do material incendiário estão a Willmott Dixon e a Wates, agora contratadas para trocar o revestimento assassino que instalaram em 14 torres entre 2007 e 2010.
Da mesma forma a construtora francesa Engie foi recontratada para ‘reparar’ os revestimentos inadequados que ela mesma instalou em 12 blocos de apartamentos. A Willmott Dixon, foi contratada pelo conselho de Oxford para substituir os painéis incendiários instalados por ela em três projetos de habitação pública.
Um levantamento veiculado pela Reuters prevê que apenas as contratações feitas pelo conselho de Salford custarão 25 milhões de libras. A associação Barnet Homes pagará 8,2 milhões de libras por três torres e o conselho de Westminster gastará 6 milhões de libras no revestimento de seis projetos de habitação.