O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) realiza, nesta sexta feira (06), o segundo dia de paralisações contra a redução da frota na cidade, pela manutenção dos postos de trabalho e pelo pagamento do benefício de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A categoria se concentra em frente à sede da prefeitura, no viaduto do Chá, desde as 8h da manhã exigindo que o prefeito Bruno Covas (PSDB) reverta o processo que já tirou 450 ônibus, que atendia a população, de circulação.
Segundo o SindMotoristas, até o fim do ano mais mil coletivos serão retirados de circulação. Outro ponto importante da pauta da categoria diz respeito às pretensões da Prefeitura de acabar com o posto de cobrador. Caso se concretize, cerca de 19 mil postos de trabalho serão perdidos.
Já o PLR, os sindicalistas alertam que o pagamento deveria ter sido pago na última quinta-feira (05), porém “o patronal já declarou que não tem recursos para pagar esses direitos dos trabalhadores. Por outro lado, o SindMotoristas exige que seja honrado o acordo coletivo deste ano”, diz nota do sindicato.
“A nossa categoria já provou que é de luta. Estamos enfrentando uma crise sem precedentes no sistema e o Poder Público e os empresários de ônibus querem jogar essa conta para o trabalhar pagar. Isso jamais vai acontecer. Agora é guerra. Vamos defender com as armas que temos nossos direitos e empregos”, afirmou o deputado federal e presidente licenciado do SindMotoristas, Valdevan Noventa.
A Prefeitura diz que os repasses às empresas estão em dia e que a “prefeitura não atua diretamente” nas relações entre empresa e empregados. “A nossa atuação é em cima das empresas concessionárias para que a população não saia prejudicada.”, disse Bruno Covas.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região julgou constitucional a paralisação, nesta quinta-feira (5), mas determinou que pelo menos 70% da frota de ônibus seja mantida nos horários de pico e 50% durante o restante do dia. O SindMotoristas diz que está cumprindo às decisões. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 100 mil.
Esse é o segundo dia de protestos que começaram ontem (05) quando os sindicalistas fecharam 24 dos 49 terminais e iniciaram protestos em frente à sede da Prefeitura.