O deputado federal Paulo Ramos (PDT) afirmou que o projeto do governo Bolsonaro de privatização da Eletrobrás propõe ao país uma “submissão muito maior aos monopólios estrangeiros de energia”.
Em seu discurso, na reunião da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), realizada na quarta-feira (25), que contou com a presença do ministro da economia Paulo Guedes, Paulo Ramos lembrou que na história do Brasil sempre houve figuras que se esforçaram para o não cumprimento da Constituição de 88, para impor aos brasileiros a agenda do estado mínimo; e destacou que a proposta do atual governo é a mesma destes “sabotadores” da Constituição – “a proposta que aprofunda a dependência”.
“E como é que continua o desmonte? Com a insanidade e a falta de lógica. O Brasil é produtor de petróleo, mas não refina o suficiente para abastecer o mercado interno. Tem petróleo, não refina e importa derivados. E a política atual do Governo consiste na privatização das refinarias e não na construção de mais refinarias. Não tem lógica isso! Agora se fala em privatizar a Eletrobrás. O Brasil vai ser independente também de energia elétrica? Pelo contrário! Investimento em infraestrutura tem que ter independência energética, mas o Brasil depende até da Venezuela em questões de energia elétrica”, denunciou Ramos.
“Os Correios e Telégrafos vão ser privatizados. Já privatizaram quase tudo: rodovias, ferrovias, Vale do Rio Doce, as telecomunicações, tudo. Foram entregando tudo! A irresponsabilidade em relação à Petrobrás – vejam só – é sem precedentes. Por quê? Porque o Brasil precisa ter independência política, independência econômica, independência energética, independência tecnológica, mas não tem. E o projeto do Governo é para afirmar ainda uma submissão muito maior”, afirmou o parlamentar.
Veja o discurso na integra:
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