A Petrobrás anunciou nesta segunda-feira a entrega de 25% do Campo de Roncador, na Bacia de Campos, com capacidade de produção de 240 mil barris/dia de petróleo e 40.000 barris por dia de gás, para a estatal norueguesa Statoil. A transação triplica a produção de petróleo da Statoil no Brasil. Segundo a Petrobrás, a venda faz parte do Programa de Desinvestimentos para o biênio 2017-2018.
A Statoil, em associação com a ExxonMobil (40%) e Galp (20%), já havia adquirido o bloco da área Norte de Carcará na bacia de Santos. A venda foi anunciada em julho de 2016, por US$ 2,5 bilhões, valor que é contestado pela Federação Nacional do Petroleiros e pelo Sindipetro de Alagoas e Sergipe, que consideram o preço muito baixo para o potencial de produção do campo. Do total da venda, US$ 1,25 bilhão já entrou no caixa da empresa em novembro de 2016.
A estimativa é de que Carcará tenha uma reserva de 2,5 bilhões de barris de petróleo. Por este cálculo, o barril de petróleo saiu para a Statoil a US$ 1,00, enquanto a Petrobrás pagou ao governo para adquirir o campo, US$ 8,00 por barril. Ou seja, uma operação financeira que provoca um prejuízo altíssimo para a Petrobrás.
Leia entrevista completa, na edição desta quarta-feira do Hora do Povo, com Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET). Fernando fala sobre este tema, e sobre outros absurdos levados a efeito por Pedro Parente, atual presidente da estatal petroleira.