Os empréstimos do BNDES em novembro foram de R$ 5,9 bilhões, um recuo de 23,8% em relação a novembro de 2016. No acumulado do ano os financiamentos totalizaram R$ 61 bilhões, uma acentuada queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.
Não há crescimento econômico sem investimento. O BNDES foi durante décadas a principal fonte de financiamento da nossa economia e os números, divulgados pelo banco, na terça-feira (19), sinalizam uma queda violenta nos investimentos, contrariando a cantilena do governo quanto à recuperação da economia.
Com exceção da agricultura, com R$ 13 bilhões de recursos liberados (+8%) no acumulado de 2017, os demais setores tiveram quedas significativas nos empréstimos. A indústria amargou uma redução de 48%, com R$ 13,3 bilhões; a Infraestrutura com R$ 22,0 bilhões, menos 2%; e o comércio e serviços com R$ 12,7 bilhões recuaram 22%.
Por região, o Sudeste teve uma queda de 34% nos empréstimos, a região Sul 21%, o Centro-Oeste e Norte 11% e 7% respectivamente. Apenas a região Nordeste apresentou um aumento de 19%.
Pelo porte das empresas, as médias e pequenas, com apenas 30% das liberações, tiveram variações positivas, sendo que as grandes e micro empresas, que somadas representam 70% dos empréstimos computados por este critério, tiveram forte reduções de 34% e 33% respectivamente.
J.AMARO