Os servidores federais, representados pelo Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) reafirmaram na terça-feira, 19, que não aceitam negociar alterações na Previdência com um governo que só vem propalando mentiras sobre o funcionalismo público.
A afirmação foi feita durante conversa com o deputado federal Rogério Rosso (PSD/DF), vice-líder do governo na Câmara, que questionou se as entidades estavam dispostas a negociar alterações na “reforma” da Previdência.
Para o presidente do Fórum, Rudinei Marques, para que haja qualquer diálogo, é preciso primeiro “a suspensão da campanha mentirosa contra servidores”, que o governo vem propagando com o discurso de que a reforma acabará com “privilégios”. Como afirmou o líder do governo na Câmara, Arthur Maia (PPS/BA), o objetivo do governo é limitar as aposentadorias, usando como argumento alguns casos de servidores que recebem muito acima no teto. No entanto, como afirma o presidente do Fonacate, “não é correto que o governo nivele por baixo a remuneração dos trabalhadores do país todo, tanto da iniciativa privada quanto no setor público”. Segundo ele, cerca de 85% dos servidores da União ganham entre R$ 2 mil e R$ 6 mil.
Durante a reunião com o vice-líder do governo, Rudinei ainda lembrou que há um ano as entidades representativas dos servidores tentam dialogar com o governo e vêm sendo “solenemente ignorados”.
“Apresentamos dez emendas ao projeto original e o governo veio com um substitutivo que só piorava a situação de todos os trabalhadores. Então, se o governo quer começar a debater a proposta, um dos pontos de partida é considerar as nossas emendas”, afirmou Marques.
O presidente do Fórum também vem denunciando o desmonte do serviço público, não só com medidas como a de congelamento salarial, mas também a falta de contratações, ressaltando que o número de servidores não tem acompanhado o crescimento populacional. No caso da União, em 1994, eram 650 mil servidores civis ativos. Atualmente, o número chega a 715 mil. Enquanto esse crescimento está em torno de 10%, a população cresceu 30%. “O governo tem propalado um discurso na mídia que está angustiando a grande parcela de servidores que procura dar conta das suas atribuições da melhor forma possível e espera ser remunerado por isso”, disse.
MOBILIZAÇÕES
Os servidores também reafirmaram em reunião das entidades que compõem o Fórum que irão manter as mobilizações marcadas para o início de 2018 a fim de barrar o avanço da PEC. O plano do governo é colocar o texto em votação no dia 19 de fevereiro.
De acordo com as entidades, entre as ações está intensificar a pressão sobre os deputados nos estados e em Brasília assim que o Congresso retornar do recesso.
Por que o HP nunca critica o Governo de São Paulo?
Propomos que você leia o HP. Assim, não faria essa pergunta. Agora, se o que levou você a fazer essa pergunta é o incômodo com nosso noticiário sobre a corrupção de Lula e do PT, aí o desconforto é com os fatos, não com o nosso noticiário. Não podemos fazer muita coisa para minorar esse incômodo. Não fomos nós que roubamos a Petrobrás ou recebemos propina. Nem você.