
Manchas de petróleo voltaram a aparecer em nove praias de seis estados nordestinos. O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA) havia informado, no domingo (27), que a remoção tinha sido definitiva.
As praias de Via Costeira e Búzios, no Rio Grande do Norte, Conceição e Itapuama, em Pernambuco, Japaratinga e Piaçabuçu, em Alagoas, Abaís, em Sergipe, e Morro de São Paulo e Moreré, na Bahia, que já tinham recebido e tido as manchas de óleo removidas por voluntários e pela ação dos governos estaduais, voltaram a receber manchas de óleo.
Na segunda-feira (28), seis praias do Rio Grande do Norte, entre elas a de Búzios, já tinham voltado a receber as manchas.
O litoral nordestino tem passado por esse desastre ambiental desde o fim de agosto. Pelo menos 250 locais, em 90 municípios dos nove estados nordestinos, foram atingidos.
O GAA, que é composto pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), pela Marinha e pela Agência Nacional de Petróleo, informou, na manhã do domingo (27), que as manchas não voltariam a aparecer.
Parlamentares afirmam que o governo Bolsonaro, através do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, não tem ajudado os estados na solução da catástrofe ambiental.
Para o senador Fabiano Contarato (REDE-ES), o ministério do Meio Ambiente “precisa de uma direção séria e comprometida com os reais interesses do país e não de alguém que ofende a sociedade civil e as ONGs que lutam em causas nobres: a vida e os nossos patrimônios naturais”.
A senadora do Rio Grande do Norte, Zenaide Maia (PROS), também protestou contra o descaso do governo federal com o crime ambiental cometido no Nordeste. “O governo não deu importância e demorou um mês para agir. O óleo se espalhou e, agora, controlar os prejuízos ficou mais difícil”, afirmou.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse que o Brasil “tem hoje um sabotador ambiental como ministro do Meio Ambiente, sustentado pelo presidente Bolsonaro”.