Para o senador, “é uma barbárie o que Bolsonaro faz com a Cultura”
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição, afirmou que “o desmonte” promovido na “Cultura é um projeto e a violência é uma ferramenta para esse desgoverno”.
“No dia que assistimos a cultura do ódio atingir seu ápice com uma agressão transmitida, Bolsonaro premia outro agressor: aquele que ofendeu covardemente Fernanda Montenegro”, declarou Randolfe, em referência à agressão de Augusto Nunes contra o jornalista Gleen Greenwald, do The Intercept, durante participação no programa Pânico, da Jovem Pan, na quinta-feira (7).
O senador condenou a nomeação de Ricardo Alvim, diretor da Fundação Nacional de Artes (Funarte), para novo chefe da Secretaria Especial de Cultura. Em setembro, Alvim atacou a atriz Fernanda Montenegro, chamando-a de “sórdida”, “intocável” e “mentirosa”.
No começo de seu governo, Jair Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura, transformando a pasta em uma Secretaria Especial, que ficaria no Ministério da Cidadania.
Na última quinta-feira (7), a Secretaria foi transferida para o Ministério do Turismo, que é chefiado por Marcelo Álvaro Antônio, investigado por ter formado um esquema de candidaturas laranjas no PSL de Minas Gerais nas eleições de 2018.
“É uma barbárie o que Bolsonaro faz com a Cultura! Seus ataques reiterados são resultados de uma mente vil, fadada ao retrocesso, de onde a mente dele nunca saiu! Jamais avançaremos sem uma cultura forte. Jamais avançaremos com um governo que odeia a cultura”, declarou Randolfe.
MILÍCIA
Após anunciar que iria fazer uma representação contra Jair Bolsonaro por obstrução de Justiça no caso Marielle, o senador Randolfe Rodrigues foi alvo de um ataque do deputado pastor Marco Feliciano (PSL-SP), vice-líder do governo.
Em áudio obtido pela revista Época, Feliciano pede para que uma milícia digital fosse arregimentada para “espancar” Randolfe nas redes.
No áudio, Feliciano solicitou ao presidente do PSL do Amapá, pastor Guaracy Jr., que juntasse um grupo para promover um linchamento covarde contra o senador.
“Meu querido líder Guaracy, tudo bom? Por favor, amigo, dá um abraço no pastor Jeziel. Agradece a ele por atenção, por ter saído em minha defesa. Não sou juriz igual ele (sic), mas eu leio um pouco, né? E esse senadorzinho aí precisa de um trato, né? Se ele puder me ajudar mais… Se ele puder levantar um grupo de pessoas pra ir lá no Twitter dele ou no Facebook e espancar ele (sic), ele começa a baixar a bola”, disse Feliciano que, procurado, inicialmente negou, mas depois disse se lembrar do áudio.
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