“Manter a polarização insana de 2018, hoje, serve a objetivos antidemocráticos”, advertiu deputado
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “barrar o avanço da extrema-direita requer amplitude e capacidade de construir pontos de convergência com os divergentes”.
“Por isso, defendemos a frente ampla democrática no Brasil. Manter a polarização insana de 2018, hoje, serve a objetivos antidemocráticos”, ressaltou o parlamentar, pré-candidato do PCdoB à prefeitura de São Paulo.
As declarações de Orlando Silva no Twitter acontecem quando do golpe na Bolívia, que destituiu o presidente Evo Morales, exilado no México, e da invasão da embaixada venezuelana por partidários do golpista Juan Guaidó, na manhã da quarta-feira (13).
Há duas semanas, o filho de Bolsonaro, Eduardo, fez apologia do Ato Institucional 5 (AI-5), que recrudesceu o autoritarismo no país, com cassações de parlamentares, torturas, prisões, censura, perseguições à imprensa.
Segundo Eduardo Bolsonaro, caso manifestações como as do Chile acontecessem no Brasil, o governo deveria decretar “um novo AI-5”.
O guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, já falou em “alguns assassinatos” de brasileiros para “fazer essa porcaria [isto é, o Brasil] funcionar”. E recomendou a Bolsonaro “fechar os partidos pertencentes ao Foro de São Paulo [organização que reúne partidos da América Latina e Caribe”.
“O golpismo e a violência fascista mostram que é apressado concluir que as grandes manifestações em Chile e Equador e a vitória na Argentina, em si, indicam virada progressista na América Latina”, contestou o deputado.
“Muita luta ainda virá. Precisamos de amplitude para garantir a democracia”, acrescentou.
No domingo (10), Orlando Silva já tinha postado um alerta diante do golpe na Bolívia: “A extrema-direita é fascista, violenta. Não aceitaram e derrota e buscaram o golpe de Estado contra Evo Morales, que renunciou. Que as forças políticas brasileiras entendam mais esse exemplo. Precisamos da frente ampla democrática, não alimentar a polarização e divisão do povo”.