Odebrecht fez com Lula o mesmo que com os três presidentes do Perú: AlejandroToledo, Ollanta Humala e Pedro Paulo Kuczynski
Na segunda-feira (25), o presidente do Perú Pedro Paulo Kuczyunki, o PPK, indultou o ex-ditador Alberto Fujimori, que cumpria pena de 25 anos de prisão por corrupção, tortura e chacinas de presos políticos.
Os críticos de Kuczynski acusam o presidente de ter concedido o indulto de Natal em troca do apoio que recebeu de 10 deputados fujimoristas dias antes, na sexta-feira (23). O governo diz que foi apenas uma coincidência. Para o impeachment, eram necessários 87 votos dos 130 membros do Parlamento peruano, mas houve somente 79 votos a favor do impedimento de Kuczynski.
O indulto de Fujimori provocou revolta nas cidades de Lima e Ayacucho. A população foi às ruas em plena véspera de Natal para protestar. Conforme a agência Reuters, dois ministros pediram demissão após a decisão do presidente e dois parlamentares do partido governista anunciaram a desfiliação.
Kuczynski era acusado de ter recebido US$ 4,8 milhões de dólares em propina da construtora Odebrecht, através de duas empresas de sua propriedade, quando era ministro da Economia do presidente Alejandro Toledo (2001-2006). Toledo está foragido e também foi denunciado por ter recebido suborno de US$ 20 milhões da empreiteira na construção da rodovia Interoceânica que liga o Brasil ao litoral do Perú.
Outro presidente do Perú envolvido com os esquemas de propinas da Odebrecht é Ollanta Humala (2011-2016), que aplicou um estelionato eleitoral semelhante ao de Dilma – campanha de esquerda e governo de direita.
Ele foi preso preventivamente em julho deste ano por ter recebido ilegalmente US$ 3 milhões para a campanha eleitoral de 2011. Aguarda julgamento.