A direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou o processo de venda até a totalidade de suas ações ordinárias (ON – com direito a voto) que detém na Petrobrás, conforme determinação do ministro da Economia, Paulo Guedes. A oferta pública das ações será feita no Brasil e no exterior.
A decisão foi confirmada através de comunicado da Petrobrás, na sexta-feira (13/11), onde a direção do BNDES, além de informar que iniciou o processo de venda, pede ajuda à estatal para a privatização das ações.
“Em 30 de novembro de 2019, o BNDES detinha 734.202.699 ações ordinárias da Petrobras, representando cerca de 10% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia”, diz o comunicado.
De acordo com o pregão realizado na quinta-feira (12/11), caso o banco venda a totalidade das ações ordinárias poderá arrecadar até R$ 24 bilhões, o equivalente de 6% do capital total da Petrobrás.
Segundo o Estadão, o conselho do BNDES, também autorizou a venda, por meio da mesa de operações, nos pregões diários, de “até a totalidade” das ações preferenciais (PN, sem voto) da Petrobrás. Ao todo, o BNDES detém cerca de R$ 52 bilhões em ações na estatal.
Em outubro, Guedes reclamou do ritmo das privatizações e defendeu a venda das ações do BNDES, durante Fórum de Investimentos Brasil 2019. E disse que não adiantava pedir dinheiro ao banco de fomento porque o negócio agora é privatizar.
A venda das ações em posse do banco foi uma das metas anunciadas pelo amigo dos filhos de Bolsonaro quando assumiu a presidência do BNDES, Gustavo Montezano.
Outra meta, é “transformar o BNDES em um banco de serviços, ajudando nas privatizações, concessões, desinvestimento e reestruturação financeira de Estados”, em suma, nomenclaturas diferentes para o mesmo objetivo, privatizar.
Transformar o BNDES numa “butique da Faria Lima” e, no caso das ações da Petrobrás, entregar para os estrangeiros.
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