
O presidente do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Renato Rodrigues Vieira, anunciou o corte de 50% da estrutura administrativa do instituto. Segundo Vieira o objetivo é fechar 500 agências, até junho de 2020, das 1,2 mil espalhadas pelo país.
De acordo com Edjane Rodrigues, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a população principalmente rural e de regiões mais distantes dos grandes centros são as que mais sofrem com o estrangulamento da instituição.
“Temos muitos servidores se aposentando, mas o INSS não tem feito concursos públicos. Isso tem causado o fechamento de agências, muitas vezes, do interior. E isso tem afetado muito o acesso de trabalhadores e trabalhadoras rurais, aos segurados especiais, tendo em vista que o atendimento presencial sempre foi referência para os segurados especiais”
Nessas localidades, além das dificuldades dos aposentados de acessarem os serviços, os trabalhadores que pretendem se aposentar também serão afetados, dificultando ainda mais o acesso à aposentadoria.
A preocupação da entidade, que já vem denunciando o sucateamento do INSS, é que, ancorada no discurso de trazer maior comodidade ao usuário, os trabalhadores, aposentados e pensionistas fiquem cada vez com maiores dificuldades de acessar serviços como auxílio-doença, por exemplo, para dar entrada em sua aposentadoria, numa relação cada vez mais distante que acaba por tratar o povo apenas como um número.