Mais de 400 personalidades de dezenas de países subscreveram nesta semana um manifesto da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade exigindo a imediata libertação de Julian Assange, sua não extradição para os Estados Unidos e o respeito ao devido processo legal, flagrantemente violentado.
De acordo com o documento, é imprescindível que a medida seja tomada com o máximo de urgência devido ao risco de vida iminente que está correndo o programador, jornalista e ativista australiano, fundador do WikiLeaks. Foi Assange quem trouxe à tona as duras verdades sobre os inúmeros covardes crimes de guerra cometidos pelas tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
Depois de ficar restrito por sete anos à embaixada do Equador em Londres, Assange foi covardemente entregue pelo governo de Lenin Moreno e agora se encontra confinado na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, sem as mínimas condições de saúde, aguardando sua extradição para os EUA, que pleiteia uma condenação de 175 anos.
Ainda que desde setembro passado estivesse em condições de sair em liberdade condicional, a “justiça” inglesa – completamente atrelada aos interesses norte-americanos – determinou que Assange espere preso a decisão sobre a extradição.
“TORTURA PSICOLÓGICA”
Logo após visitá-lo, o relator especial das Nações Unidas sobre a Tortura, Nils Melzer, informou que Assange “apresentou todos os sintomas típicos de uma exposição prolongada à tortura psicológica”.
Entre outras personalidades que assinam o documento encontram-se Noam Chomsky, Estados Unidos; Ricardo Patiño, Equador; Atilio Borón, Argentina; Pascual Serrano, Espanha; Luis Britto, Venezuela; Ricardo Ronquillo, Cuba; Fernando Buen-Abad, México; e Stephen Kimber, Canadá.