O ministro Paulo Guedes desmontou a Previdência Pública, torrou as subsidiárias da Petrobrás – o gasoduto TAG, a BR Distribuidora e a Liquigás – vendeu o IRB e a Neoenergia, além de campos de petróleo, sob a alegação de que está fazendo isso para reduzir a dívida pública.
“Tem que vender tudo”, defende o Chicago boy, oriundo da Universidade de Chicago e fundador do banco Pactual, atual BTG Pactual, e do BR Investimentos, que hoje integra o Bozano.
De janeiro a novembro, só de juros, o governo transferiu R$ 342,361 bilhões (5,18% do PIB) da saúde, da educação, da segurança, ou seja, do dinheiro do povo, para os bancos. E ainda falta o mês de dezembro para fechar o ano.
O patrimônio foi vendido – e continua sendo -, a sociedade foi extorquida em R$ 342 bilhões, que poderiam ser investidos num programa nacional de desenvolvimento, e todo esse dinheiro foi destinado ao sistema financeiro. Apesar disso, a dívida não só não foi reduzida, como cresceu ainda mais.
Em janeiro deste ano, a dívida pública estava em R$ 5,3 trilhões (76,7% do PIB) e, segundo o relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central, divulgado na segunda-feira (30/12), a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou R$ 5,6 trilhões em novembro (77,7% do PIB).
Entre outubro e novembro a dívida continuou subindo e teve uma alta de 0,4 ponto percentual em relação a outubro (77,3% do PIB). Em novembro, o setor público pagou de juros R$ 37,844 bilhões, acima dos R$ 20,330 bilhões no mês de outubro, e mais do que os R$ 35,029 bilhões no mesmo mês de 2018, segundo o Banco Central.
O governo central pagou R$ 32,656 bilhões de juros, os governos regionais R$ 4,596 bilhões e as empresas estatais R$ 592 milhões.
Guedes continua com o mesmo discurso para continuar torrando o patrimônio público em benefício de seus sócios do mercado financeiro. Além do ataque às aposentadorias, e logo, aos trabalhadores brasileiros, ele inclui em seus planos a venda da Eletrobrás, da Petrobrás, do Banco do Brasil, do BNDES, da Caixa Econômica Federal e dos Correios. Por ele, “privatiza tudo”.