“Os jovens deveriam saber que todas as guerras em que os Estados Unidos estiveram envolvidos desde que vocês nasceram foram em torno do petróleo”, denunciou a atriz e ativista norte-americana Jane Fonda em seu pronunciamento durante o protesto diante da Casa Branca contra a agressão de Trump ao Irã.
Depois do ato na Casa Branca, onde lideranças denunciaram o atentado terrorista que assassinou o destacado general Qassem Soleimani, milhares de manifestantes se dirigiram ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano.
O ato foi um dos ocorridos em 70 cidades norte-americanas, entre elas, Nova Iorque – onde o protesto tomou conta da Times Square – Denver e Saint Louis.
Por todo o país, manifestantes ergueram cartazes com dizeres de “Não à Guerra ao Irã” e “Estados Unidos fora do Iraque”, “EUA fora do Iraque, Síria e Afeganistão”.
Jane Fonda declarou ainda que “as guerras sempre foram atrás de petróleo, matando pessoas no Oriente Médio, nos matando aqui. Temos que fazer com que isto tenha fim”.
Uma das organizações que convocaram as manifestações, Code Pink lembrou que a tensão não foi criada agora, mas é mais um passo do governo em direção ao confronto: “Nós acreditamos que a decisão irresponsável do governo Trump de sair do acordo nuclear de 2015 está na raiz da presente crise”.
Entre as demais organizações que convocaram os atos conjuntos, estavam ANSWER (Sigla de Aja Agora para Parar a Guerra e Acabar com o Racismo), Socialistas Democráticos da América, Veteranos Militares pela Paz e o Conselho Nacional Americano Iraquiano.
A líder da organização Code Pink, Medea Benjamin, considerou o conjunto dos 70 atos “com a participação de milhares de norte-americanos foi o maior ato contra a guerra nesta última década”.
Medea, considerou uma farsa as justificativas de Trump, demonizando o general iraniano para justificar o seu ato ilegal, para ela a agressão “o governo já mostrou que queria a tensão desde que abandonou o acordo. Há uma indignação enorme, uma vez que Trump prometeu acabar com as guerras e aqui está ele nos mergulhando em novo abismo de guerra”.
Já a organização ANSWER destacou: “O assassinato por míssil de um líder central do Irã é direcionado a criar uma nova guerra. A menos que o povo dos Estados Unidos se levante e a impeçam, esta guerra vai engolfar toda a região e pode rapidamente degenerar em um conflito internacional de dimensão imprevisível e com potencial de graves consequências”.